21 junho 2011

Assunção Esteves. Para segunda figura

Com a insistência numa "alternativa" e com aquele alinhavo de que os deputados "perderam a oportunidade", dificilmente o PSD conseguiria que deputados de primeira linha aceitassem o sacrifício da alternativa e o suplício de nova oportunidade. Ontem, naquelas linhas do Ponto Crítico sobre a "Segunda figura de Estado", por questão de género e da chapelada que usa agora (quase sempre mera chapelada), ainda estivemos não estivemos para juntar ao nome de Maria José Nogueira Pinto o de Assunção Esteves. Não juntámos lá por coisas. Mas acabou ser essa a indicação do PSD: Assunção Esteves. Possivelmente ganha, porque perder já era demais.

Mas que coisas? Uma delas, por exemplo e coisa certamente interna do PSD, foi o facto de Assunção Esteves ter criticado a proposta social-democrata de criminalizar o enriquecimento ilícito, por considerar que vai contra a ideologia do partido. Questão melindrosa, como é evidente, sobretudo nos tempos que correram, correm e vão correr. Assunção Esteves defendeu que a inversão do ónus da prova no caso do enriquecimento ilícito é uma intromissão na liberdade pessoal intolerável e não justificada. Portanto, a ligação da "sociedade civil" ao parlamento não deixou de ter fundados pretextos apesar da derrota de Nobre.

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