29 junho 2011

Sobre os Comentários. Um pedido


Sabemos que o assunto é melindroso e suscetível de ser mal interpretado. Há umas semanas, face à estranheza de autores de comentários verem textos retirados, aqui se explicou que automaticamente são eliminados textos que contenham palavras impróprias. E assim aconteceu, como fomos verificar: havias palavras do calão mais ordinário. Não se entende.

Além disso, quando abrimos as caixas de comentários, pedimos aos leitores que tivessem o cuidado de não se servirem deste meio para ataques pessoais, sem relação direta e útil com as matérias em causa, ou que envolvam responsabilidade civil perante terceiros. Ora isto tem acontecido, pelo que também por isso têm sido eliminados bastantes comentários, não tendo nós nem tempo nem paciência para purgar matéria que descaracteriza o blogue e a sua dignidade. Passamos a vida a eliminar comentários desprimorosos, admitindo-se também que os seus autores perdem tempo precioso. Por isso mesmo, não se optou por dar permissão, caso a caso, para que cada comentário possa ficar on line. Ou há comentário livre, mas responsável, ou não há.

A criação de blogues é livre, cada um pode fazer o blogue que quer e em que se reveja - nada temos, pois que, cada um use a sua liberdade como muito bem entenda, por que cada um é responsável. Assim se justifica um pedido óbvio: não interfiram na liberdade e na responsabilidade dos outros. Mais: não desmotivem a participação dos que desejam comentar mas não o fazem pelo incómodo de terem vizinhança que não mede as consequências do mau uao do condomínio. Temos carradas de correio eletrónico, designadamente de diplomatas, a dar conta desse incómodo que tolhe.

Defendemos a crítica, a crítica frontal e dirigida quando se justifique, a crítica até dura quando há a perceção segura de que está em causa interesse público e valores do mais alto relevo para a convivência democrática, sobretudo quando regras do estado de direito são postas em crise por condutas que urgirá retratar. Sabem os leitores que, aqui, a crítica não tem ação de despejo. É inquilina querida e desejada e para tanto não é preciso que seja anódina, sem sabor, ou melosa, ou com floreados rastejantes.

Mas há regras e limites. Desculpem a delonga.

1 comentário:

Anónimo disse...

Meu Caro Carlos Albino,
Penitencio-me se porventura coloquei a "pata na poça" em dois comentários meus que foram retirados...
.
Compreendi a razão. Mas quando um velho como eu foi pisado e repisado pela diplomacia durante mais duas dezenas de anos o estigma mantém-se.
.
Claro que continuarei a comentar no seu blogue (devo ser o seu mais antigo leitor e encarnado três volumes 2003 e 2004) e o cuidado de não ofender deuses e diabos.
Abraço amigo
José Martins