28 junho 2011

Comunidades...

Não sei o que passou pela cabeça de José Cesário para carrear a parte que lhe cabe (a das Comunidades) para o programa do governo. São quatro pontos tão óbvios, tão óbvios que dão para tudo, até para fazer voltas ao mundo. Colocar-se num programa que o governo irá "reconhecer o papel do Conselho das Comunidades Portuguesas enquanto órgão consultivo do Governo para as políticas de emigração e comunidades portuguesas"? Mas isso não faz parte da natureza constitutiva do conselho? Reconhecer... a lei? E quem liquidou o conselho numa primeira fase?

E depois que o governo irá... eleger o ensino do português como âncora da política da diáspora. Não está eleito? E essa da âncora da política é mesmo para se andar a navegar.

E quanto a desburocratizar os procedimentos administrativos e simplificar os actos consulares e melhorar a ligação directa, rápida e fácil aos serviços centrais do Estado? É assim tão simples, perguntarão à cautela os do Ministério da Justiça, sabendo-se o que se tem passado?

E quanto a promover a constituição de uma rede de políticos de origem portuguesa no estrangeiro...? Uma rede para apanhar o quê? Essa é uma daquelas coisas que até podem ser feitas mas não se devem dizer, porque implica com diferentes sensibilidades de Estados soberanos que apenas não se importarão se tal rede for para turismo político.

Mas o que é isto? É que as prosas progrramáticas para outras áreas do MNE até terão matéria para análise, para concordâncias, discordâncias e avaliações (lá iremos). Sobre as Comunidades, nem isso.

3 comentários:

Paulo disse...

Trocando em miúdos: viagens intercontinentais quantas consideradas necessárias,nenhuma informação a imprensa com o programa dessas visitas,hotéis cinco estrelas, restaurantes idem, distribuição farta de medalhas a apoiantes e simpatizantes, relações promíscuas com funcionários consulares apenas para conhecer um lado da moeda já que conhecer o outro lado, dá trabalho e põe em risco amizades construídas ao longo de anos... Ou seja, nada muda. Vamos continuar patrocinando as digressões dos nossos políticos, dentre eles, alguns dos mais privilegiados, o SEC e os deputados eleitos pela Emigração. Haja vergonha e paciência!!

Jose Gomes Martins disse...

Conheço e bem as movimentações de José Cesário de quando assumiu o cargo há anos.
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Um bom vivante à conta do dinheiro do contribuinte.
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É notória a crítica que lhe foi feita de quando nas suas movimentações se fazia acompanhar de uma, elegante/bem falante, assessora de imprensa.
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A missão de ministro Paulo Portas começou mal nas Necessidades e tudo igual, em Abrantes, como dantes.
José Martins

Eulalia Moreno disse...

Concordo plenamente com os comentários acima. Na anterior gestão de José Cesário a imprensa luso-brasileira nunca foi informada antecipadamente da sua agenda de trabalho no nosso país. Ficou-se sempre com a impressão de viagens turísticas, de jantares no Camelo e churrascarias bem cotadas aqui na capital paulistana. Nunca soubemos o que o trazia às nossas paragens já que resultados também sempre foram desconhecidos além de atividades no Consulado Geral de Portugal em São Paulo como emissão do primeiro Bilhete de Identidade para dar conta da modernice que impera naquele posto. Um posto aliás que segundo uma das funcionárias tem tanto poder que até altera leis. Sim, sim, sim,, sabemos que sim...o que não precisava era ter dito isso na RTPInternacional.