27 junho 2011

FAO. Ficaria bem

Não ficaria mal a Belém e às Necessidades saudarem a eleição de José Graziano da Silva para director-geral da FAO, na conferência em Roma dos 191 estados da organização, para um mandato de 1 de janeiro de 2012 a 31 de julho de 2015. Não ficaria mal, isto é: ficaria bem.

Já agora, a FAO em Portugal...

Após anos de forte empenho na organização (o MNE manteve uma Comissão para a FAO cujo trabalho obteve manifesto reconhecimento internacional mas foi liquidada), em setembro de 2007 esteve em Lisboa uma delegação chefiada pelo próprio diretor-geral Jacques Diouf, para discutir com o governo português a possibilidade da abertura de um escritório da agência da ONU, em Portugal. Um dos motivos, e forte, desse interesse por uma representação na capital portuguesa, não era alheio o facto da CPLP estar sedeada em Lisboa, com a qual a FAO desenvolve projetos de parceria, designadamente em África e Timor. Em junho de 2008 ainda aqui, nas NV. fizemos esta pergunta, mas até hoje, nada. Nem sim, nem não. Como sempre. Grandes gavetas.
Quem é José Graziano da Silva?

O novo diretor-geral da FAO com o antecessor, Jacques Diouf 
O novo diretor-geral da FAO, 61 anos, foi no Brasil, na qualidade de ministro extraordinário de segurança alimentar e luta contra a fome, o responsável pela implementação do programa Fome Zero. Desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento deste programa que ajudou a retirar 24 milhões de pessoas em extrema pobreza em cinco anos, reduzindo em 25 por cento a desnutrição no Brasil. Desde 2006 é diretor-geral adjunto da FAO e representante regional da organização para a América Latina e no Caribe.

José Graziano da Silva, ítalo-brasileiro, 61 anos (nasceu a 17 de novembro de 1949), é formado em agronomia e mestre em Economia Rural e Sociologia pela Universidade de São Paulo, com Ph.D. em economia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Possui dois graus de pós-doutorado em Estudos Latino-America. É o oitavo diretor geral da FAO desde a criação da organização em outubro de 1945, na cidade do Quebequec, sucedendo ao senegalês Jacques Diouf.

2 comentários:

Adelo disse...

Mas como somos ingénuos.
Como é que o filho do Ti Tedoro das bombas de gasolina de Boliqueime ou o agora chefe do MNE, filho do arquitecto Nuno Portas, iriam parabenizar o José Graziano da Silva, conhecido como o "pai do programa FOME ZERO", quando eles são os maiores fautores do fome no nosso retângulo?... Bem podemos esperar sentados!

mCr disse...

Será porque Monsieur le Ministre des Affaires étrangères est étranger a ces affaires?