Felizmente, na generalidade, “da Eurora” ou “fora da Europa”, o sufrágio correu bem sem incidentes e de forma clara e tudo levaria a crer não haver exceções à regra. Parece que houve e daí ontem termos falado em fumos no Brasil. É claro que nos chegou mais, muito mais do que fumos, mas só por irresponsabilidade ou interesse é que diríamos mais que notarem-se fumos. Compete às mesas de escrutínio à CNE e, lá em cima caso haja recurso, ao Tribunal Constitucional decidir e dizer aos eleitores o que se passou. É isso que se aguarda. Se tudo correu bem, encantados da vida e dos votos.
O que é incompreensível é que, como em comentário assumido e sem nome fictício (abrir por aqui) se dá conta a propósito de São Paulo, é que tenha havido já ameaças a um eleitor concreto seja este interessado ou não. Incompreensível, feio e a denunciar o que aqui, desde há anos, temos dito e redito quanto a misturas complicadas entre serviço consular e política, tal como complicadas são as misturas entre luta política eleitoral e jornais da emigração.
Quanto aos jornais da emigração até se compreende algum deslize devido aos calores, já quanto a funcionários consulares, atitudes dessas são inadmissíveis e põem em crise a imagem do Estado. E sobretudo é feio. Feio eticamente, feito democraticamente e feio deputadamente.
Duas queixa do Brasil foram confirmadamente aceites pela Comissão Nacional de Eleições, portanto não só fumo, já há sinais de fogo, mas há passos a cumprir designadamente os que devem ser dados pelas mesas dos círculos da emigração.
Amanhã, quarta, é o escrutínio dos votos dos eleitores residentes no estrangeiro, aguardemos pelo que as mesas de apuramento no Brasil decidem e que constará em atas. As atas é que contam para eventuais recursos por parte de lesados. A serem comprovadas irregularidades, mesmo irregularidades lá no meio do sertão e a batucarem no chão, lesam-nos a todos - estejamos na Europa, fora da Europa ou em sítio incerto (onde não há nem jornais nem consulados...).
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