Sugerir a privatização do ensino de português no estrangeiro é não saber do que se está a falar. ou sabendo-se, é tentar ocultar o colossal buraco nessa área e dos que disso se aproveitaram.
Na verdade, quanto ao ensino universitário, o Instituto Camões bem pode ter a consciência calma: quanto ao ensino secundário, o que herdou do Ministério da Educação foi ou é um desastre. E vir alguém falar de privatização das escolas que servem os emigrantes ou que os emigrantes têm julgado que os servem, é tapar o sol com uma peneira.
Pense bem nisso, Braga de Macedo.
3 comentários:
Bem é que acham que a língua tem valor económico porque sim. Quanto a infraestruturas e multiplicadores está quieto. É no que dá o Reaganomics cá do burgo.
Pior a emenda que o soneto privatizar o ensino de português no estrangeiro.
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A língua portuguesa, a que lhe viriam a dar o nome do imortal Camões (está a morrer o nome aos pedacinhos), sofreu um rude golpe com o Acordo Ortográfico e o Pai tem que a aprender os “achaques”, linguísticos, do filho e do neto.
Sem drama daqui ou poesia o ensino da língua portuguesa foi para o “galheiro” e a aprendizagem está ligada a assuntos económicos ou seja às exportações e importações entre países.
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Segundo dizem a China está muito interessada que os chineses aprendam muito a língua e com os olhos postos nos mercados das ex-colónias portuguesas onde se inclui o Brasil.
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Mas deste quinhão, só uma minoria, aprende o português através dos leitores do Instituto Camões.
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O Instituto Camões voltou um elefante branco que existe por conveniência, diplomática, e mais um filho da mesma cor como o AICEP ou a Diplomacia Económica com todo o apoio e garra (tem pernas para andar) de Sua Excelência o Ministro dos Estrangeiros Dr. Paulo Portas.
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Os portugueses (os governantes) são parcos de miolos no cérebro.
Moleiros que aproveitam o farelo e deixam ir a farinha pela corrente do rio.
José Martins
Era melhor escrever posts menos crípticos e mais substanciais. Evitava comentários palavrosos e ocos.
O IC, buraco ou não, comporta-se como se o ensino de português no estrangeiro fosse um fardo indesejado. O IC vê-se mais como agência de organização de eventos e confunde isso com política de língua. Mas o facto é que, até por via orçamental, o ensino de português no estrangeiro é a principal actividade do IC - por mais desprestigiante que seja a baixa incumbência.
A ideia da privatização (santa ignorância) é mais uma numa série de tentativas de sugerir o fim do sistema. Os políticos e a presidente do IC estão no direito de achar que deve acabar - o que não é admissível são estes subterfúgios e as rotineiras estratégias de auto-sabotagem.
Pedro
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