23 agosto 2011

SITE As regiões do MNE

Entre-se no site das Necessidades, clique-se no botão INFORMAÇÃO AO CIDADÃO que nada tem e nunca teve nada, a não ser aquele corredor que começa em “Portugal para estrangeiros”, seguindo-se as “Comunidades Portuguesas e Comunidades Luso-descendentes”, depois a peregrina remissão para “Portugueses no estrangeiro”, terminando naRegiões de Portugal. Pois que regiões são estas?

Ao verem-se ali, em destaque, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, depois da “Região Centro”, da “Região Norte”, de “Lisboa e Vale do Tejo”, do “Algarve” e do “Alentejo”, bem se poderia pensar que Portugal está regionalizado, politica e administrativamente nas duas regiões autónomas e administrativamente nas restantes. Nada disso. Regiões para o MNE são as regiões turísticas, a remissão é para as propagandas respetivas. Teria sido melhor o site ir diretamente ao assunto, não induzindo em erro quanto a regiões, se das de turismo apenas de trata. Nem sequer, nos casos da Madeira e dos Açores, o site da diplomacia da República remete para os sites oficiais das regiões autónomas que têm órgãos regionais próprios e personalidades cultivadas. Em vez disso, reduz-se as autonomias às visões continentais do turismo.

Não está em causa que o site das Necessidades não tenha um portal, uma página bem organizada para o Turismo, inspirada ou colada à da agência estatal especializada. Até deve ter, mas não naquela salgalhada das duas regiões políticas que há e das cinco regiões administrativas que não há. Se é para inglês ver, não é eficaz. Se é “Informação ao Cidadão”, tapar o sol com uma peneira até pode dar jeito mas está longe da diplomacia pública e subverte-a.

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