29 setembro 2011

Greve e estranhezas

Estranham alguns leitores que, desde há uns dias, não tenhamos dedicado uma única linha à greve dos funcionários do MNE na Suíça, greve essa que dura há um mês. E se alguns leitores estranham isso, nós estranhos muito mais. Estranhamos, por exemplo, que o MNE perante facto tão grave como a paralisação total de todos os serviços na Suíça, onde não estão tão poucos portugueses como isso, não tenha tomado até agora uma posição pública, clara e inequívoca - José Cesário falou hoje à imprensa que o procurou porque obviamente tinha que falar dada a manifestação à porta, o "porta-voz" também falou no início de setembro mas teria sido melhor não ter falado pelas trocas que introduziu, o ministro remeteu o tratamento do caso para José Cesário isentando-se e José Cesário que ainda não tem competências delegadas pelo ministro a não ser a competência para viajar, esse é que não pode remeter para mais ninguém, no estrito plano da decisão política.

Aqui nas notas, não deixámos cair o assunto - mantivemos apenas um respeitoso silêncio perante as partes, até para que uma das partes não sugerisse como andou por aí a sugerir pelos corredores que as notas seriam "o eco do sindicato".

Neste caso da greve, o MNE comporta-se como um exército de tropa fandanga em triste guerra - não querendo combater aguarda apenas a capitulação do "inimigo" a quem não dirige a palavra e com quem não fala...

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois é Cesário começa bem mal já a anunciar o encerramento de consulados a conta-gotas no velho método balão de ensaio. Mas também não houve nenhum Tribunal de Contas que tivesse passado a pentefino o fecho de consulados pelo seu predecessor sem qualquer critério e que estivesse inventariada de antemão para o Estado os encargos e as vantagens.

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Na verdade o silêncio do MNE "fala" por si e só serve para envergonhar o ministro e o secretário de Estado. Digo isto porque, em contraste, muitos outros ministros do Governo têm dialogado ou estão a fazê-lo e o próprio PM tem dito e repetido ser a favoe do diálogo.
Portanto, não se percebe e será de perguntar a Passos Coelho se, afinal, há dois governos, o dele e o do outro...

Eulalia Moreno disse...

Essa situação na Suíça é vergonhosa. Já li algures na Net que os funcionários consulares em todo o mundo deveriam aderir a essa greve, em solidariedade a reivindicações mais do que justas. Mas enquanto isso, o José Cesário flauteia por Londres, Paris, Nova York e arredores( duas vezes), França( Orleans e Tours), sempre com a adjunta a tiracolo e o Zé Parolo pagando as contas para nada. Enquanto vai tendo poder,e nas horas vagas nomeia o Abílio Laranjeira ( marido ou ex-marido da Adjunta Carolina Alemida) para Vice Cônsul do Consulado aqui!! Um sujeito que entrou pela porta do cavalo, sem concurso!! Dá prá acreditar num negócio desses??? José Xexário perdeu as estribeiras e serviços prestados, por enquanto, NADA!!! ZERO!!!