01 setembro 2011

Voz passiva

Com certeza, no meio de 60 delegações, Paulo Portas em Paris na conferência de apoio à Líbia *, iniciativa co-presidida pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Oficialmente do MNE, nada. O que é que Portugal tem para dizer em função das tradicionais relações com a Líbia de Kadhafi, o que tem para oferecer em função do défice das relações comerciais bilaterais, que voz ativa pode ter? O ministro vai apenas ouvir? Verbo na voz passiva?

Ouviu-se dizer que foi nomeado um porta-voz das Necessidades. Não se nota. E não seria preciso fazer muito para se notar alguma coisa em relação aos tempos de Amado, com aquelas explicações redondas que acabaram por desapontar mas que chegou até a ser brilhante no redondo.

Antes de ir para Paris é que era de falar ao país. Depois é fácil. Vai na onda.
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* Segundo constou, o primeiro-ministro também foi à capital francesa, muito embora a sua agenda oficial registe apenas a reunião do conselho de ministros (8:30)

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