A União Europeia, o euro, o estado do Estado, inevitavelmente a crise, as Forças Armadas, a austeridade, o consumo de produtos nacionais, o património histórico, a distribuição da riqueza e repartição dos sacrifícios, as intoleráveis assimetrias, os graves desequilíbrios no ordenamento do território, na disparidade de rendimentos, nas desiguais oportunidades às diversas gerações, o exercício de funções públicas e o exemplo dos agentes políticos, o despesismo público e o gasto improdutivo, a mudança profunda da acção política, a Justiça, o saneamento das contas públicas, a revitalização do tecido produtivo nacional, o investimento privado, o combate ao desemprego, o aumento da produtividade e da produção de bens e serviços capazes de concorrer nos mercados externos, a disciplina na utilização dos dinheiros públicos e pelo aumento da poupança interna, crescimento da nossa economia, os oceanos em larga medida por explorar, os mercados da reabilitação urbana e do arrendamento, o aproveitamento da floresta e a produção de produtos regionais de referência, o talento de gerações qualificadas e empreendedoras que não podemos desperdiçar, a redescoberta do valor da cultura, a prevalência à dimensão espiritual sobre a dimensão material da vida humana, as iniciativas de voluntariado, as empresas das quais se espera um aumento da respetiva responsabilidade social, a escola, os autarcas e finalmente, en passant, as comunidades da diáspora.Foi um turbilhão de temas titulados no discurso. Mas, desculpe lá Presidente, uma omissão em matéria em que Vossa Excelência é particularmente competente e responsável: as relações externas, as representações externas e os agentes a que vulgarmente se dá o nome de diplomatas, por entre os quais estão os embaixadores que é Vossa Excelência que nomeia e que com as cartas que concede partem paras as mais diversas capitais. Titulou no discurso as Forças Armadas de que é Chefe Supremo, muito bem, mas omitiu as representações externas do País que também são forças não propriamente desarmadas e que não podem nem devem ser desestabilizadas com experiências de gabinete. Faltaram umas palavrinhas orientadoras, uma palavrinha por magistério de influência que fosse mas necessária e oportuna nos tempos que correm e face a cenários que se fazem por encomenda e que não podem ser transformados em conclusões de ânimo leve. Faltou isso no meio do turbilhão.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
05 outubro 2011
Foi um turbilhão de temas, mas faltou um
No discurso do Presidente, foi um turbilhão de temas:
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