28 outubro 2011

Quantos, quais e para onde

Quando forem nomeados os "altos representantes", quantos, quais e para onde, então sim, a carreira vai sentir. E o mais certo é que vamos assistir à politização da ação externa. Será um bem? Será um mal? Aguardemos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Porquê falar da “Politização da ação externa” como de uma perniciosa inovação? Os agentes mais importantes da política externa sempre foram escolhidos no MNE pela sua intimidade com os membros do partido do governo. Uns camaleões impecáveis prontos a assumir a cor vencedora. Por isso “a politização da carreira” não constitui nenhuma bomba atómica desconhecida nas Necessidades. O novo ministro do MNE é um polítco coerente, o líder que tem feito as melhores campanhas eleitorais portuguesas, e, nas condições mais adversas. Por uma vez o Ministério estão bem servido, porque em diplomacia a “imagem” e a “propaganda” representam preciosas mais-valias. De que se queixam então? De ser um político da direita? sempre o foi, e até mais ver, em democracia não constitui delito. Como o ministro em questão nasceu em 1962 parece pouco provável que se tivesse envolvido em acções fascistas. Não se pode dizer o mesmo de alguns funcionários, autênticos arcos-íris, sempre com as cores oportunas, que por artes mágicas ainda se mantêm nas Necessidades. Será que os diplomatas do bloco central PS-PSD temem perder a coutada? Aí vem un conselho gratuito: inscrevam-se já no PP.

Jorge Fernandes disse...

Há na tradição da carreira outras formas de identificação muito mais importantes e decisivas que o centrão partidário, como a cor da própria Casa.
Mas, o que interessa é que todos serão, certamente, muito competentes.
Aconselho, pela sua actualidade, a leitura da farpa do Eça, "A diplomacia em 1872".