REGISTOS Ò É neste ambiente que.
A propósito da greve na Suíça, é de registar os seguintes testemunhos retirados da página swissinfo.ch que tem cabeça fria na matéria:
"O fato é que eu estou ganhando hoje em dia pouco mais de três mil francos e só de aluguel já pago 2.135 para viver em Genebra", explica a portuguesa de 51 anos (Alexandrina Farinha). Ela chegou à Suíça em 1993 para trabalhar no Consulado de Portugal da cidade de Calvino, mas na época as condições eram relativamente melhores. "Meu salário era de cinco mil francos" "Pelo fato de ter um contrato português e não pagar meus impostos na Suíça, não tenho direito a diversas prestações sociais oferecidas aos cidadãos desse país como ajuda para pagar o aluguel ou o seguro de saúde". A sua única esperança é que o governo português se sensibilize com o problema das pessoas que vivem a sua situação. "Não sei o que será de nós se isso não ocorrer."
Já para Carlos Almeida, 73, a situação é diferente. Ele não participa da greve dos funcionários consulares portugueses, pois já está aposentado. O professor e jornalista vive na Suíça desde 1998 e atua hoje em dia como voluntário na Entrelaçar, uma associação de apoio às comunidades de língua portuguesa sediada em Lausanne. Porém, graças aos seus contatos com a comunidade portuguesa e também os trabalhos voluntários que realiza, sobretudo na área educacional, ele se sente obrigado a participar dos protestos em Berna. "Na Suíça temos 150 professores de língua portuguesa. Só no Consulado de Genebra temos sete mil alunos. Os salários atualmente estão tão baixos que muitos dos professores estão sendo obrigados a fazer trabalhos domésticos", conta.
“Perdi 1.500 euros de meu ordenado, um corte de 35%. Poderia viver com o que ganho em Portugal, mas na Suíça é impossível”, afirma António Magina, funcionário consular que participava da manifestação em Berna. “E o pior é que o governo português nos ignora”, acrescenta.
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