15 outubro 2011

Viagens

Com o que o governo acaba de exigir ou impor, o Estado fica com indeclinável obrigação de prestar contas, dar contas, justificar contas. Todas, e a horas. Nomeadamente o MNE, os gabinetes do MNE. Em matéria de viagens de governantes e adjuntos, por exemplo. Mais do que nunca, não há português que não sinta que há viagens que não passam de desvarios e são pagos com dinheiro tirado do seu bolso. Há viagens para nada e, enquanto é tempo, será aconselhável que o MNE seja transparente nessa matéria.

10 comentários:

Anónimo disse...

Subscrevo! Também seria bom, a bem da transparência, que a dupla MENE & SECP publicasse números! Todos os números que justificam o fecho dos Vice-Consulados e salvaguardam os Consulados. Há quem afirme que temos Consulados que custam 400%mais, enquanto produzem menos 50% do que os Vice-Consulados, ambos localizados no mesmo país. Porque será? É esta a diplomacia económica?

Anónimo disse...

Os vice consulados sao problema grave. Os vice consules pessoas que nao estao inseridas em qualquer tipo de carreira e que escapam a fiscalizam do estado portugues. São pessoas que usam o dinheiro publico e o estatuto que lhes é dado, da maneira que mais lhes apraz e muitos deles acabam com processos crime na justiça. Veja-se o caso do vice consul do brasil. Com as novas tecnologias e a facilidade de deslocação, deviam acabar todos oss vice consulados e assim poupar milhões de euros ao país.

Anónimo disse...

O amigo acima anda mal informado, ou então colhe a informação que lhe convém.
A esmagadora maioria dos vice-cônsules estão inseridos numa carreira, a dos funcionarios do quadro externo do MNE, têm anos de pratica consular, não precisam de secretarias para os seus assuntos pessoais, falam fluentemente a lingua do pais onde trabalham, custam 1/4 do que custa um diplomata da casa do MNE, trabalham no duro junto da comunidade portuguesa, conhecem as autoridades locais e pesam junto delas em caso de necessidade na defesa de Portugal e dos portugueses. Consulte o curriculo dos responsaveis dos principais vice-consulados e verificara que sao profissionais reconhecidos e meritorios.
E as maquinas so servem para os documentos como o cartao de cidadao ou os passaportes, as outras problematicas nao se resolvem com maquinas mas sim com proximidade e escuta. Uma maquina não tem capacidade de resposta aos problemas sociais ou juridicos.
Uma coisa é certa : de facto, a casa não perdoa aos vice-consules titulares o facto de não fazerem parte da casa, embora o seu trabalho seja reconhecido, a sua boa gestão dos postos igualmente, tratando-se dos postos mais "baratos".
Mas sera que seja absolutamente necessario que serviços consulares seram geridos por diplomatas da casa ? Os seus talentos não mereceriam ser reservados para mais altas missões ? Nao seria viavel existir duas carreiras ?

Anónimo disse...

Concordo plenamente com entrada de novo sangue na gestao dos Consulados e Vice-Consulados. A moiria dos diplomatas de carreira estao cheios de vicios que todos conhecemos. Primeiro a progressao e depois o resto. Alguns ate dormem com Ministros, e de certeza que vao chegar a embaixadores num apice.

Anónimo disse...

Sobre "viagens", ouvimos numa esquina de newark que o ministro Portas esteve uma semana em NY hospedado no Hilton. E perguntava um velho emigrante da Murtosa: porque é que ele não ficou no apartamento do Dakota building? Deve estar vazio, já que não há consul em NY há 2 ou 3 anos, acrescentava outro murtoseiro...
E se o apartamento está vazio, porque é que não o vendem? agora que tanta falta fazem alguns trocados.

Anónimo disse...

Se querem cortar despesas, mandem a Carolina para casa, e, todos aqueles que sendo funcionários administrativos(!) do MNE se encontram em " missão " pelo estrangeiro, com salários principescos, porque são conhecidos, amigos, e ... sei lá o quê de diplomatas e gente importante que os sustenta nessas vidinhas... Querem cortar despesas? Mandem esta gente toda, que são muitos, regressar a casa ! ( sem esquecer os diplomatas, claro... ) Alguém sabe quanto é que custa toda esta gente ?... E quantos são, e onde estão ? Ou também é segredo ?....

Anónimo disse...

"Como Diplomata e tendo exercido as funções de Cônsul-Geral, lamento o irresponsável comentário do Anónimo que diz que os vice-consulados são um problema grave e daí parte para uma asserção generalista como se a parte fosse o todo. Tomar a nuvem por Juno é preconceito. Imagine o que seria se tomassemos, no que à Carreira Diplomática concerne, o conjunto pela parte. Há na Carreira gente que ali nunca deveria ter ingressado, mas a maioria merece ali continuar. Isto dito, concordo, em boa parte, com o que, criticamente é dito pelo comentador que se seguiu. Conheci e trabalhei com um Vice-Cônsul de grande nivel profissional, muito estimado pela Comunidade onde estava inserido, em Lugano, o Dr. Manuel Correia e, nesse sentido, no dia em que se aposentou, não me coibi de enviar um TEL para a Secretaria de Estado a elogiar o seu trabalho - limitei-me a reconhecer o seu mérito, o seu trabalho e a sua dedicação junto dessa mesma Comunidade que o respeitava e estimava.
Bem sei que há Chefes de Missão que são contra essas figuras. Mas, como digo, não se deve - nunca - tomar a nuvem por Juno.
A terminar, curioso que, no seio da S.E, não se combatam "outros males" como a arbitrariedade e quejandos". Chegará o dia.
Paulo Rufino

Anónimo disse...

Transparência também em relação à adjunta, Carolina Almeida, que herdeu Dra. por obra e graças do espirito santo. Passa 15 dias em Lisboa, 15 dias no Brasil. Quem paga as viagens? O que faz no Brasil? Regressa à base? Para fazer o quê? Para organizar mais um encontro para brasuca ver?

Anónimo disse...

Parabéns, Dr. Paulo Rufino, pela sua isenção e integridade!
No MNE, quer no quadro diplomatico quer no quadro externo, existem bons profissionais e outros menos, existe dedicação e sentido da responsabilidade assim como desinteresse e jogo de bastidores.
Aproveitem-se os contributos e as competências de uns e outros, e certamente que o MNE ganha em capacidade de intervenção e de afirmação.
Muitos diziam que o 25 de Abril ainda não tinha chegado às Necessidades, parece ser verdade.

Anónimo disse...

Com tantos "problemas" deixados em aberto, nos Postos, com o regresso de tãa elevado nº de administrativos à SE, porque não autorizam a transferência de funcionários do quadro I, para o quadro externo? A transferência não carece de concurso, depende apenas da autorização e anuência dos chefes máximo dos serviços envolvidos, que, neste caso são a mesma pessoa, ou seja, o MENE. Os Postos ficavam apetrechados de pessoal, a custos muito inferiores...