02 dezembro 2011

Falou e pouco disse

Sim, ouvimos o que Paulo Portas disse sobre a questão da revisão dos tratados, pedra lançada por Merkel e Sarkozy para os telhados dos outros e que David Cameron recusa. Palo Portas falou da necessidade de haver consenso, mas consenso quanto a quê e sobre o quê? Falou do circunstancial, omitiu o essencial.

7 comentários:

Anónimo disse...

A história dos mne´s portugueses é a da arte de gerir silêncios. De resto, uma ideia ou uma atitude? mentira.
Lembram-se daquele peixe de águas profundas? "faits divers". E do outro que martela o granito na tentativa vã de lhe arrancar uma palavra sobre política externa? estamos conversados. Este agora e à semelhança do seu antecessor tem um orgasmo na expectativa de falar com a Hilary. De resto política externa como afirmação de soberania, estamos conversados.

Fada do bosque disse...

...E de que podem falar os delegados "especiais" da banca e dos EUA?! Não têm opinião própria... estão lá para cumprir ordens, nunca a vontade daqueles que deviam representar.
Aliás, Paulo Portas é bom a falar na propaganda eleitoral, porque depois de estar no poder... moita carrasco!

Anónimo disse...

Fada do Bosque,
Recorda-se do PP eurocéptico? E hoje, qual é a sua (humilde) opinião relativamente a esta UE ("Merkozy")arrogante?
Não nos esqueçamos que Portas foi um indefectivel apoiante da reaccionaria e imperial Administração de George W. Bush.
Onde deixou amizades junto de alguns daqueles (piores)"falcões".
Pois aqui no MNE ainda há (muita) boa memória.
Portas é um conservador nato, no pior sentido, mas que agora tem de engolir alguns sapos - para que possa continuar no lugar que sempre desejou (e o envaidece), o de MNE.

Fada do bosque disse...

eheheheheh!! Anónimo... como diz o irmão brasileiro: - é botar p´ra quebrar!

Quanto ao assunto de P. Portas ter jurado a pés juntos, que existiam armas de destruição massiva no Iraque, pelo que vejo foi "golpada".
Aliás foi o que lhe garantiu estar hoje no poder e a jantar com Kissinger... já não bastava o Mário Soares ter feito o mesmo com Carlucci, há uns dias.
"E, recorde-se como facto, Frank Carlucci, depois de ter sido embaixador em Portugal, em 1978, foi nomeado director-adjunto da CIA, afinal o mesmo cargo que Vernon Walters ocupava quando visitou Portugal e, segundo e "evangelho" de Soares, encontrou-se com o "Presidente" Costa Gomes."
http://paramimtantofaz.blogspot.com/search/label/M%C3%A1rio%20Soares

Isto é arrepiante. Chegar à conclusão que é a CIA que escolhe os governos.
Quanto a isso, há um bom filme a circular: The Ghost Writer.Já nem temem mostrar nem pretendem disfarçar.
Quanto a Bush e a Blair, são dois criminosos de guerra... mas cá no Ocidente, parece que a informação não passa.
A Aministia Internacional tenta, mas como se pode ver também no filme acima, esses passam impunes. Ainda não entendi o que foi Blair fazer a um Tribunal, se nem sequer se arrepende, e segundo a BBC, está na linha da frente para atacar o Irão. Esse é o seu próximo alvo.
Temos neocons/neoliberais alinhados para a escalada da III G. Guerra.

Vamos lá a ver como é que a História vai julgar essa vaidade de Portas.

joãoeduardoseverino disse...

O lugar de MNE envaidece? E eu a pensar que enriquece...

Anónimo disse...

É tão simples como isto: na última revisão do Tratado fez-se uma Convenção com direito a António Vitorino, Lobo Antunes, Ernâni Lopes, João de Vallera. Agora temos de comer e calar? Onde estão as nossas cabeças bem pensantes que aceitam estas imposições sem mais?

Anónimo disse...

As cabeças bem pensantes estão caladas. Ou porque é mais recomendável para a saúde profissional, ou porque PP/MNE as ignora, como ignora tudo e todos. Um pouco como Luis XIV: O MNE sou eu!
PS: Fada do Bosque tem razão.