16 fevereiro 2012

NOTADORES @ O Brasil tratado assim

@ Do Professor Fernando Oliveira Paulino
Faculdade de Comunicação
Universidade de Brasília

O período entre 7/9/2012 e 10/6/2013 foi estabelecido como Ano do Brasil em Portugal e de Portugal no Brasil.

De visita a Brasília no ano passado, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal Paulo Portas disse pretender que a celebração seja realizada com "grandeur et panache", já que o Brasil é uma das grandes prioridades da política externa portuguesa.

Mas as realidades que se podem observar na Embaixada de Portugal em Brasília permitem duvidar desse empenho, como recentemente chamou a atenção, em comunicado, um grupo de individualidades portuguesas e luso-brasileiras.

Alguns fatos. Decorreu um semestre em que a Embaixada de Portugal no Brasil esteve sem
Embaixador *. Não existe Conselheiro Cultural desde setembro ** e o último Adido Económico atuou até outubro de 2011.

Em São Paulo, a Agência Portuguesa de Investimento e Comércio Exterior está sem coordenador faz mais de seis meses.

Além disso, personagem que notoriamente mais se tem esforçado pela intensificação das relações entre os dois países, o jornalista Carlos Fino, corre o risco de sair da Embaixada devido à anunciada extinção do cargo de Conselheiro de Imprensa , precisamente agora, num período em que a mídia mais poderia fomentar o diálogo entre Brasil e Portugal.

Um grupo de iniciativa lançou no sentido de tentar reverter aquela decisão, que, a concretizar-se, iria certamente prejudicar a amplitude e projeção do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
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Observações:

* Novo embaixador em Brasília, Francisco Ribeiro Telles foi oficialmente nomeado apenas ontem (15)
** Novo conselheiro cultural, João Pignatelli, foi nomeado a 17 de janeiro, em comissão de serviço, 
"com efeitos à data de apresentação no posto". Portanto, quando se apresentar.

Quanto à iniciativa relativa à permanência do Conselheiro de Imprensa Carlos Fino, sabe-se que foi endereçada ao ministro uma carta que publicaremos oportunamente.

2 comentários:

JFernandes disse...

E esta é a mais importante embaixada bilateral de Portugal!
Assim vai a diplomacia portuguesa...mas hacerá mais, aguardamos resultados da reforma e dessa gestão de "competências" sa AICEP.
Do Camões, enfim parece ser que já era...

Jorge Fernandes disse...

Adido económico não existia em Brasilia, quem seguiu as questões económicas, de Maio/2010 a Outubro/2011, em comissão extraordinária de serviço, foi o signatário deste comentário, Primeiro-Secretário de Embaixada a aguardar execução, pelo MNE, de um acórdão que lhe é favorável do STA, na sequência de processo contencioso drelativo ao concurso de promoção à categoria de conselheiro, de 2001 (quase dez anos).