22 março 2012

Camões

Foi necessário uma "fonte oficial" do MNE ir à Líbia para dizer à Lusa que Ana Paula Laborinho foi nomeada para a presidência do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua. Naturalmente que o assunto poderia e deveria ter sido objeto de uma nota das Necessidades, pela dignidade, importância e significado que a matéria tem. Assuntos sérios continuam a ser tratados por recados através da agência noticiosa que, assim também, lá vai cumprindo um papel que diz não ser o seu - o de agência oficiosa. Questão já menor, convenhamos. Vamos ao que interessa.

A nomeação de Ana Paula Laborinho para o Camões do novo formato, não era bem inevitável, mas politicamente conveniente e inevitável. O seu desempenho à frente do anterior Camões foi positivo, inteligente e quase milagroso - acabou por conquistar o lugar onde recolocou dignidade e serenidade tanto quanto possível, gerindo, além disso, com destreza os problemas herdados do Ministério da Educação designadamente os que envolvem o caótico ensino de português no estrangeiro. E o governo não tinha muitas alternativas ou não teria mesmo mais nenhuma para manter o Camões numa linha de prestígio, aceite geralmente pela comunidade inteletual e sem o envolver em polémicas de baixa política ou em desafios de adolescentes tardios, em matéria de cultura e língua. Não foi nem um boa nem uma má opção, foi a opção inevitável. Uma decisão destas, mesmo que inevitável, justificava uma nota do MNE, nota atempada e com dignidade institucional que, além da presidente tornasse público quem vão ser o vice-presidente e os dois vogais do conselho diretivo do Camões que já estão escolhidos.

5 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns à nomeada! Excelente Funcionária:)

Anónimo disse...

Quem manda no Ensino no exterior, José Cesário ou a reconduzida Paula Laborinho? Laborinho não comenta os 120 euros por aluno, a cobrar pelo Estado a cada filho de emigrante?
O Ensino de Português no Estrangeiro vai simplesmente acabar. E perder-se-á a aprendizagem da nossa Língua e Cultura Portuguesas. Este Governo ao poupar migalhas vai perder e muito junto das Comunidades Portuguesas. Que praga, Cesário+Portas+Laborinho!

Anónimo disse...

Goataria apenas de lembrar que este novo Camões não engloba apenas Língua e Cultura. Esta lá a Cooperação para o Desenvolvimento que tem um enquadramento e objectivos muito diferentes e que não podem ser misturados. Espero que a competêcia da nova Presidente consiga manter as duas áreas separadas e num rumo positivo. Os sinais dados pela SENEC são muito negativos... esperemos...

Anónimo disse...

É patético o estado a que este SENEC conduziu a Cooperação Portuguesa e é confrangedor o silêncio que envolve tudo o que esteja relacionado com esta importante componente da Política Externa Nacional. Já era assim com Cravinho mas foram agora ultrapassadas todas as barreiras psicológicas, excepto, claro, a mais óbvia de todas, i.e. o fecho do IPAD/Camões, pelo menos até a Troika abandonar o país. Mais valia… Este é o resultado do intolerável distanciamento entre o Rilvas e mais uma das suas "mercearias" de rua, da qual "diplomata que se preze foge como o diabo da Cruz". Ridículo que só uma Plataforma de ONG publique sobre esta aberração. O pior é que tudo o que aqui vem é verdade! Basta irem visitar o IPAD/Camões e falarem com o primeiro funcionário que vier à porta fumar… Nem é preciso entrar, não vá apanhar alguma doença tropical…

Ver em: http://www.plataformaongd.pt/conteudos/File/Um%20ano%20de%20(des)governao%20da%20Cooperao%20Portuguesa.pdf

Anónimo disse...

É patético o estado a que este SENEC conduziu a Cooperação Portuguesa e é confrangedor o silêncio que envolve tudo o que esteja relacionado com esta importante componente da Política Externa Nacional. Já era assim com o anterior SENEC mas foram agora ultrapassadas todas as barreiras psicológicas, excepto, claro, a mais óbvia de todas, i.e. o fecho do IPAD/Camões, pelo menos até a Troika abandonar o país. Mais valia… Este é o resultado do intolerável distanciamento entre o Rilvas e mais uma das suas "mercearias" de rua, da qual "diplomata que se preze foge como o diabo da Cruz". Ridículo que só uma Plataforma de ONG publique sobre esta aberração. O pior é que tudo o que aqui vem é verdade! Basta irem visitar o IPAD/Camões e falarem com o primeiro funcionário que vier à porta fumar… Nem é preciso entrar, não vá apanhar alguma doença tropical…

Ver em: http://www.plataformaongd.pt/conteudos/File/Um%20ano%20de%20(des)governao%20da%20Cooperao%20Portuguesa.pdf