Sobre a questão síria e sobre a iniciativa da Liga Árabe e da ONU de encarregar Kofi Annan numa missão de bons ofícios em Damasco, Paulo Portas pediu e apelou aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas "que se unam em apoio público e total a Annan e aos objetivos que ele sublinhou", depois de perguntar "Quanto mais tempo ficaremos em silêncio enquanto o regime sírio empurra o país para um conflito sectário sangrento e guerra civil?". Fez bem e no plano da oratória política, essa era a única porta estreita que poderia usar para Portugal também não ser acusado de silêncio conveniente. O apelo foi dirigido a todos em geral mas foi obviamente endereçado a dois destinatários muito concretos - Rússia e China. Não será muito para admirar que os dois destinatários também apoiem Annan e as propostas específicas que apresentou a Bashar Al-Assad. Se este as aceita ou não, é a questão.
O nosso MNE passou na oratória.
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