22 junho 2012

Assim vai a transparência informativa do MNE

Imagine-se que foi ontem notícia que o Consulado-Geral no Rio de Janeiro foi alvo em maio de uma inspeção "diplomática" (sic) acompanhada por inspetores da Polícia Judiciária, acrescentando-se que se desconhecem "ainda publicamente as suspeitas em causa"... E "privadamente", serão conhecidas? E como é possível que a PJ actue em maio mas apenas em junho a mera actuação seja notícia? E mesmo assim a notícia só é notícia apenas porque o deputado Paulo Pisco tomou conhecimento da situação numa visita àquele consulado a 17 de junho, levando-o a a dirigir, ontem (21), um "requerimento" segundo a Lusa que diz ter acesso ao documento, ao ministro dos Negócios Estrangeiros a solicitar informações?...

Ora, o documento parlamentar é público e não se trata de um requerimento. É uma pergunta, coisa diferente. Além disso, pela parte do MNE, a inspeção foi consular (que também há) e não diplomática.

E o mais curioso é que, ainda segundo a agência, "contactado pela Lusa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros adiantou que está a recolher informações sobre o caso e remeteu para sexta-feira eventuais esclarecimentos". Está ainda a recolher informações, sendo porta-voz, sobre algo que ocorreu em maio, todo o MNE há muito sabe em pormenor menos o porta-voz, e com o Primeiro-Ministro e o MNE às portas do consulado?

Já agora está aqui a pergunta tal como foi redigida:

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