21 junho 2012

Tropical mas fora dos trópicos

Uma sobra que ficou do Ministério da Ciência e onde estava bem, o Instituto de Investigação Científica Tropical transformou-se num laboratório do MNE com a missão de trabalhar em prol dos países das regiões tropicais, ou seja, os tropicais da CPLP e observadores associados. Ninguém divida que trabalhe em prol, como sempre trabalhou, mas cair num ministério que em vez de olhar para o seu Instituto Diplomático, olha para os trópicos como se fosse um ministério do saber tropical, é o mesmo que alguém comer sardinha assada e, em vez de vinho tinto, bebe leite. Destoa e briga. Não se põe em causa que o Instituto do "Saber Tropical", não continue a desenvolver investigação científica tropical e a aumentar a capacitação científica e técnica dos países com que coopera. Fez isso bem antes e é preciso que uma tutela, seja qual for, ande muito fora dos trópicos para perturbar a tradição daquele instituto. Apenas não se vê é a Diplomacia Portuguesa a gerir, por exemplo, os três serviços que o Instituto do "Saber Tropical" mantém abertos ao público: o Arquivo Histórico Ultramarino (que devia ser entregue à Torre do Tombo), o Jardim Botânico Tropical e o Centro de Documentação e Informação (técnica, científica e... tropical). Então o Jardim Botânico! Será para formar os jardineiros das embaixadas em países tropicais? Grande obra e grande reforma se conseguiu num ministério que deveria era olhar a 100% para o seu Instituto Diplomático e a 80% que fosse para o seu próprio Arquivo Histórico, deixando-se de passeatas tropicais.

1 comentário:

Anónimo disse...

mas era preciso manter por perto o Prof Braga de Macedo e sua filha pintora...
E esse não deveria gostar de ir lá para o Instituto Teixeira de Sampayo...