13 julho 2012

CPLP, sim, disseram isso

Na verdade, o Conselho de Ministros da CPLP, em reunião extraordinária (11 de julho, Lisboa), ainda sob a presidêccia angolana da organização (Georges Chikoti), disse fundamentalmente isto:
  • que discutiu o processo de adesão da Guiné Equatorial e fará uma recomendação à IX Conferência de Chefes de Estado e de Governo. Nada adianta
  • que escutou uma informação do MNE de Moçambique e do Secretário-Executivo sobre os preparativos da cimeira de Maputo. E depois?
  • que relativamente à representação da Guiné-Bissau, os Ministros reafirmaram o princípio do reconhecimento das autoridades legítimas do país. A CEDEAO, melhor dito, a francofonia encantada
Na reunião, a Guiné-Bissau foi representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros deposto, Djaló Pires.

Todavia, Georges Chikoti atalhou que “fizemos uma discussão em função do resultado da última missão que foi para a Guiné-Bissau, há duas semanas” e que na sequência dessa missão, foi feito “um relatório do que foi encontrado e também foram feitas algumas recomendações. O que quer dizer que a cimeira vai trabalhar sobre este relatório e vai decidir”.

5 comentários:

Anónimo disse...

A diplomacia angolana a queimar os últimos cartuchos da sua tentativa de controle da CPLP, visando o que lhe interessa: a África.

LP

Anónimo disse...

As autoridades de Luanda tão comovidas com a democracia em Bissau... Porque não olham da mesma maneira para Cabinda que é o caso mais típico do colonialismo tardio de Luanda?
Maria, sec-emb

Anónimo disse...

Cabinda, sim senhor. Muito mais grave o que por lá se passa, para além de tudo o que se passou na descolonização com a conivência de alguns militares portugueses, não é Pezat?
Maurice

Anónimo disse...

Após esse conselho, o senhor ministro Paulo Portas anunciou "tolerância zero" para derrube de governos eleitos pelo proclamado voto popular. E não aplica a mesma bitola para governos que jamais permitirão o voto popular? É claro que bater em Bissau não é o mesmo que bater na China... Este ministro faz-se forte com os fracos, e fraco perante os fortes. Isto é tudo menos acção diplomática e política externa, coisas que exigem contenção e senso.
m-p CC

Anónimo disse...

Bissau sai, a Guiné Equatorial entra. Nesta troca o diabo que escolha.
Zé do Rilvas