13 julho 2012

Nada quanto aos pontos fulcrais, muito sobre pontos focais

Daqui a uma semana (dia 20) aí temos a IX Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Maputo. Nada se sabe sobre a questão da presença da Guiné-Bissau, se vai alguém ou quem vai - Presidente e primeiro-ministro em funções mas que alguns membros da organização não reconhecem, designadamente Portugal? Presidente e primeiro-ministro depostos? A diplomacia moçambicana a quem compete organizar a reunião nada diz com voz própria, Angola antecipou-se com uma reunião ministerial extraordinária da CPLP ainda sob a sua presidência nos sentido de levar a Maputo os dirigentes depostos mas com contradições. Lisboa remete-se  para posições de princípio coerentes com posições anteriores. O Brasil parece assistir. E sobre a polémica candidatura da Guiné Equatorial, apoiada por Angola mas que recebe reservas de outros Estados membros? Oposição ou relutância de uns, apoio de outros, reserva dos restantes que são poucos porque todos são poucos..

Apenas se sabe que o tema da cimeira é “A CPLP e os Desafios de Segurança Alimentar e Nutricional “, e que, a preceder a reunião, há outras reuniões estatutárias: XXIV Reunião dos Pontos Focais de Cooperação, já a 13 e 14 (para a qual Moçambique já convidou as autoridades de facto de Bissau...); outra reunião, a 15, sobre actividades culturais para assinalar os 16 anos da CPLP; uma reunião, dia 16, do Grupo Técnico de preparação da 155.ª sessão do Comité de Concertação Permanente marcada para 17; ainda um Seminário Empresarial, dia 18, e depois o fundamental, a XVII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros, a 19, a anteceder a cimeira do dia 20.

3 comentários:

Anónimo disse...

Se o governo em funções na Guiné-Bissau decidir abandonar a CPLP mergulhando de corpo inteiro na CEDEAO e na Francofonia, ser´qa um pretexto para outros desenvolvimentos na CPLP com a lusofonia a poder ficar reduzida à velha amizade Luso-brasileira e a outras alianças bilaterais de circunstância...
Vulpes

Anónimo disse...

Portugal conduziu mal este processo. Precipitou-se no pressuposto de que os golpistas de Bissau ficariam isolados regionalmente. O isolamento internacional não os incomoda nem nunca incomodou fosse quem fosse o poder em Bissau.

Anónimo disse...

Portugal ficou com o governo deposto nos braços. Foi o que Portas arranjou.
Zéfiro