18 abril 2013

Resumindo a Colômbia, normal

Da Colômbia, foi título e como que bandeira de êxito político da visita presidencial, o apoio de Juan Manuel Santos à pretensão portuguesa de ser membro observador da Aliança do Pacífico (Colômbia, Peru, Chile e México), tendo sido dito que esse apoio colombiano é uma espécie de reconhecimento pela contribuição de Portugal para a entrada da Colômbia na OCDE. Nada a opor a um tema que não deveria ser tratado como exceção jubilosa e omissa de um quadro em que Portugal está razoavelmente bem inserido. É uma decorrência normal.

Portugal é já observador de três outras organizações regionais: a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), a Organização dos Estados Americanos (OEA), e o Sistema Económico Latino-Americano (SELA). E, fatos mais relevantes que os das posições de observador, são os de Portugal ser membro estra-regional do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e membro também de organizações que têm o seu peso e impacto no contexto latino-americano, designadamente da Secretaria Ibero-Americana (SECIB ), da União Postal das Américas, Espanha e Portugal (UPAEP), da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), da Organização Ibero-Americana de Juventude (OIJ), do Conselho Ibero-Americano do Desporto (CID) e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Ser observador na Aliança latino-Americana do Pacífico, independentemente do significado do reconhecimento colombiano, completa mais o quadro se é que, política e diplomaticamente queremos atuar nesse quadro e não apenas figurar para missas de corpo presente numa agenda diplomática sem resultados ou com escassos resultados. E essa é questão. Queremos resultados? E quais são os resultados ou objetivos que devem ser formulados para que as listas de observador e de membro não sejam meramente um repositório de cumprimentos e saudações românticas em que se especializam os anões da diplomacia?

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