16 maio 2013

Tempestade alemã

Um pouco por todo o lado, por se espalha que os responsáveis alemães se demarcam da austeridade imposta aos países-cobaias da periferia da UE, com duras críticas dirigidas em especial contra a Comissão Europeia e o seu presidente, José Manuel Barroso. Por certo, não foi a inspiração de Fátima que desceu sobre Berlim, sendo mais crível que a Alemanha, esta Alemanha, esteja agora, por um lado, a iniciar o cumprimento de meticuloso calendário para conseguir uma futura composição da Comissão Europeia adequada aos seus propósitos e ambições, e, por outro lado, descartar responsabilidades do esboroar da Europa se tudo continuar a caminhar como caminha. Se cumpre calendário escondido, uma recandidatura de Barroso à presidência da Comissão não será questão a ser colocada, pois ela dependerá quase exclusivamente dos humores de Berlim. E se a Alemanha, com estes sinais, quer descartar responsabilidades pelo eventual fracasso do projeto europeu tal como o conhecemos, sabendo-se como foi a Alemanha a grande inspiradora do Tratado de Lisboa, sobretudo nas lacunas e tibiezas, aplicar-se-lhe-á o ditado: semeou ventos e vai colher tempestades.

2 comentários:

Anónimo disse...

Barroso deve ter ficado amarelo.

Anónimo disse...

Vão ver que Barroso não tarda em elogiar a nova posição da Alemanha...