Enquanto, nos dias que correm, o MNE parece estar em mera gestão corrente, sem acontecimentos relevantes na formulação da política externa e na participação europeia, sem factos que dêem nota de ação diplomática galvanizadora, embora indo na correnteza de um ou outro episódio bilateral no âmbito do comércio externo ainda assim longe de prefigurar uma diplomacia comercial, sempre há tempo e talvez justificação para, num espaço como este, o das Notas Verbais, para se ir ao passado, enfim, para repescar algum texto fundamental para o já longo historial da diplomacia portuguesa. Texto esse de que se possa extrair alguma lição útil e de proveito.
Por entre várias hipóteses, escolhemos precisamente o Testamento Político de D. Luís da Cunha, que, como se sabe foi uma das obras políticas mais lidas e conhecidas no Portugal da segunda metade do século XVIII, mesmo que só tenha circulado por meio de cópias manuscritas, apresentado pela primeira vez em letra impressa, em 1815 no Observador Português (jornal português publicado em Londres), em livro apenas em 1820, só reeditado em 1943 pela «Seara Nova», havendo também uma edição brasileira de 1960, e mais recentemente uma edição da Biblioteca Nacional (2013, estudo e edição crítica de Abílio Diniz Silva).
Oportunamente, colocaremos online o texto integral desse documento, em página especial (barra superior). Longo texto, sem dúvida, mas que valerá a pena ir lendo aos bocados. Fica à mão de semear.
2 comentários:
Quem testa?
Gostaria de obter o "Testamento Político" do (ainda) actual MENE, pois necessito de material para embrulhar as castanhas quando chegar o Outono.
DE
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