Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
03 agosto 2013
Quem nos escreve do século XVIII
Aí está, a seco, na página LEITURAS , o testamento Político de D. Luís da Cunha (oportunamente iremos colocando algumas notas auxiliares no texto).
Ainda que apenas tenha circulado por cópias manuscritas, foi uma das obras políticas mais lidas em Portugal, na segunda metade do século XVIII. O Testamento foi surgiu impresso apresentado pela primeira vez em 1815 no jornal Observador Português, publicado em Londres, e em livro, em 1820 (versão de que nos servimos). O texto foi reeditado em 1943 pela «Seara Nova». Mais recentemente, o “Testamento Político ou Carta de conselhos ao Senhor D. José sendo Príncipe” saiu em excelente edição crítica pela Biblioteca Nacional, com introdução, estudo e edição crítica de Abílio Diniz Silva (12 € em papel, 6€ ebook).
Julga-se que o texto terá começado a ser redigido em 1747. e deixa sugerido um programa de governo para a época. Continuando a política de D. João V, que morreria em 1750, D. José, quando subisse ao trono, deveria concentrar o poder nos secretários de estado, dando-lhes um estatuto claro que eles ainda não tinham, e manter a governação o mais independente possível das influências que dominavam a sociedade portuguesa de então: a poderosa aristocracia da corte, a igreja (secular e regular, designadamente a Companhia de Jesus pela influência nos domínios ultramarinos).
D. Luís da Cunha (nasceu em Lisboa a 25 de janeiro de 1662, morreu em Paris a 9 de outubro de 1749) é das mais emblemáticas da história da Diplomacia Portuguesa. Foi enviado extraordinário de Portugal às Cortes de Londres, Madrid e Paris, e ministro plenipotenciário no Congresso de Utrecht.
No 350º aniversário do nascimento de D. Luís da Cunha e a coincidir com no 300º aniversário do início das negociações dos Tratados de Paz de Utrecht, a Biblioteca Nacional organizou (2012) uma exposição alusiva à vida e obra do diplomata. Ocorre referir que o dia de nascimento de D. Luís da Cunha poderia ser assumido, por cá, como o Dia do Diplomata, e o seu nome poderia também ser o do bilhete de identidade do Instituto Diplomático. Um dia destes, poderá ser tema para barómetro.
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2 comentários:
É preciso tempo...
O melhor é imprimir.
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