01 julho 2003

Mar, Equador, Núncio para Timor...

Mais vale andar no mar alto

E continuamos com boas novas sobre o Mar Português. Com apoio da Espanha e França, o professor Mário Ruivo foi eleito para a vice-presidência da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (agora presidido pelo britânico David Pugh). Mas, além do apoio, relevante foi o trabalho do embaixador Duarte Mathias, nos bastidores diplomáticos de Paris. A eleição de Mário Ruivo pode ser um bom presságio para a candidatura portuguesa a albergar (em Lisboa) a sede da Agência Europeia de Segurança Marítima, iniciativa política do ministro António Martins da Cruz que tem apostado e bem em que a diplomacia portuguesa olhe para Mar Alto já que andar nas Bocas do Mundo pouco já adianta tão grande tem sido o exercício de autofagia. A propósito: lembram-se da existência, nas Necessidades, da Comissão para a Organização Marítima Internacional? Extingui-la foi um erro político. A reformulação, teria sido melhor caminho.

Equador vai abrir embaixada em Lisboa

Sim, o Equador vai abrir acreditar um Embaixador residente na capital portuguesa.

Núncio residente em Jacarta e não-residente em Díli

Decidiu o Vaticano, está decidido: o Núncio que representa a Santa Sé no Estado de Timor-Leste é o mesmo Núncio residente em Jacarta. A alternativa seria o Núncio em Camberra, mas, como se sabe desde os tempos de Afonso Henriques, o Vaticano sabe muito bem administrar o uso do gládio temporal e do gládio espiritual. Todavia, é um dado certo que o Vaticano vai criar, até final de 2003, a terceira diocese timorense, necessária para a constituição de uma conferência episcopal autónoma. Depois disso, será nomeado um Núncio residente em Timor-Leste.

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