Numa combinação que vinha do «bloco central», e que então seguiu práticas adoptadas noutros países europeus, PS e PSD, por ocasião da entrada de Portugal na CEE, em 1986, distribuiram entre si os cargos de Comissário Europeu e do Director-Geral (DG) a que Portugal teve direito.
Outros lugares de nível superior ou intermédio da estrutura comunitária foram, então, destinados a cidadãos portugueses, tendo sido abertos concursos públicos, documentais e curriculares, que a prática detectou terem sido «orientados» no sentido de distribuir alguma clientela dos dois principais partidos por aquilo que veio a chamar-se a «quota» portuguesa de funcionários comunitários.
Refira-se, a propósito, que muitos desses compatriotas ilustres, muitos dos quais saídos de governos dos partidos do «bloco central», depois de terem durante alguns anos amealhado o necessário em Bruxelas, em postos elevados das instituições comunitárias (lugares A2 e A3), viriam a abandonar tais colocações, de regresso ao governo ou a empresas públicas, criando um irrecuperável défice de presença para o país nas áreas europeias, que agora melhor se sente.
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