Passemos à Comissão, que é o que aqui nos traz. Cavaco Silva começou por nomear Cardoso e Cunha para Comissário – o qual, curiosamente, viria mais tarde a assumir o pelouro do Pessoal e de cuja gestão os quadros portugueses muito se queixaram - e convidou o socialista Rui Vilar para DG. O lider socialista de então, Vitor Constâncio, foi apenas informado e não lhe foi dada nenhuma outra alternativa.
Quando, anos mais tarde, Rui Vilar manifestou desejo de sair, Cavaco Silva tinha ainda a possibilidade de nomear outro DG vindo de fora da estrutura de Bruxelas. Geralmente, as instituições comunitárias concedem esta possibilidade durante um período razoável após a adesão, a fim de dar tempo aos quadros nacionais a ascenderem normalmente na máquina comunitária. Ao indicar Almeida Serra, Cavaco Silva procedeu de forma idêntica ao que antes fizera: limitou-se a informar o secretário-geral do PS, Jorge Sampaio, do nome do socialista que escolhera.
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