E foi assim a história do DG português que se perdeu em Bruxelas. Nela se juntam alguma ingenuidade, uma certa indecisão e, muito provavelmente, muita má fé por parte das instituições comunitárias. Sem dúvida, mas a «diplomacia comunitária» portuguesa há muito que tinha a obrigação de saber o que a casa gasta.
A António Guterres e ao seu governo poderão ser assacadas culpas por alguma inabilidade e excesso de confiança, ao não terem acautelado, em absoluto, que à saída de António Cavaco corresponderia de imediato um outro DG para Portugal. E ao não terem tido a coragem de arrostar com uma crise política interna, com o PSD, para assegurar a preservação do interesse nacional.
Mas as culpas principais não lhe cabem. Foram a insensata insistência no «rotativismo» por parte dos sociais-democratas e as indecisões, temporalmente fatais, do líder do então principal partido da oposição, Durão Barroso, que acabaram por estar também na origem da presente situação.
Sem comentários:
Enviar um comentário