O processo volta à estaca zero. 48 horas depois, Durão Barroso avança, finalmente, com o nome de Eduarda Azevedo, porta-voz do PSD para a área europeia, cujo currículo agrícola consistia numa passagem pela direcção do gabinete jurídico do Ministério da Agricultura e a autoria de uma publicação sobre a Política Agrícola Comum. Com o apoio do governo socialista, o nome de Eduarda Azevedo foi proposto a Bruxelas para o cargo de DG da Agricultura. Acabou por ser preterida pela candidatura de uma personalidade de outra nacionalidade, que há vários anos desempenhava as funções de Subdirector-Geral da Agricultura dentro da Comissão.
Perdida essa ronda de nomeações, António Guterres e o seu governo continuaram a insistir em Bruxelas pela nomeação de um DG português. Sem sucesso.
Chegado ao Governo, Durão Barroso seguiu a mesma linha. António Cabral, por mérito próprio, acabaria por ir a subdirector-geral e, também como consagração de uma carreira interna que pouco ficou a dever aos diferentes governos, Jorge Oliveira e Sousa subiu ao cargo de Director-Geral. Valha a verdade, o Governo Barroso nada teve a ver com essa nomeação, que Oliveira e Sousa (meio-belga, meio-português) deve, em grande parte, à protecção do Comissário Likannen.
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