09 setembro 2003

Palácio das Necessidades com «má cara» na Internet. Uma lástima!

O site do Palácio das Necessidades é uma desgraça. O pior que pode acontecer no Século XXI é transplantar-se a velha, respeitável mas viva Tipografia para a Internet, sem tirar nem pôr. É um absurdo comunicar «um livro» na Internet, como absurdo será publicar os «conteúdos dinâmicos» da Internet num Livro. Cada coisa no seu lugar.

O que faz o Palácio das Necessidades? Pura e simplesmente verte para a Internet o seu «Anuário Diplomático» que é tudo menos anuário pois cada «ano» para as Necessidades vale por cinco, sete ou dez. Desde os simples números de telefones, de fax e endereços postais até aos nome dos titulares de postos diplomáticos e endereços electrónicos de embaixadas, consulados e serviços centrais, estão em 85 por cento desactualizados; posições oficiais do Estado Português sobre os mais diversos assuntos, não são conultáveis (claro que motores de busca são inimigos da transparência); agendas da política externa, são desconhecidas... Uma lástima, onde contudo não falta «teoria» de ares acad~emicos, cronologia caduca, descrições de «competências» do director, do sub-director, do chefe e do sub-chefe como nas esquadras de polícia. Mentalidades.

Sem grande custo, podem ir directamente ao México. E comparem com as Necessidades.

Consultem agora o Brasil. Comparem.

Vejam como o Chile faz. Continuem a comparar.

Se ou quando tiverem tempo passem pela Argentina, pela França, pelo Reino Unido, pela Alemanha, pela Itália ou até mesmo pelos da porta aqui ao lado, os da intocável Espanha e tirem dúvidas com a Áustria.

Mais ou menos estamos como Marrocos.

Os colaboradores directos de Jaime Gama, apesar de sistematicamente alertados, foram incapazes de mudar radicalmente este estendal de incompetência das Necessidades, sabendo-se que, em todo o mundo, a imagem saída dos serviços diplomáticos centrais fixa a primeira e mais impressiva imagem do próprio País.

Com Martins da Cruz, até agora, o panorama continua igual. E das duas uma: ou, com total discrição e para provocar surpresa geral, se prepara uma «revolução» no sistema e práticas de comunicação das Necessidades, ou então institucionalizou-se o desleixo e uma visão típica do subdesenvolvimento.

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