09 setembro 2003

Quando a vontade de perguntar é como a língua: não tem ossos...

Vejam bem. Por entre 72 comentários enviados para a caixa de correio – a maior parte tratando-se de reflexões críticas com que se aprende embora o mundo, lá por isso, não avance – surgiram exactamente 14 provocações. Destas, 13 são baratas mas uma tem o preço de não ser ingénua e foi escrita com ares de desafio. Resolvo divulgá-la porque quem não deve não teme.


6.9.03

Caro "Notas Verbais"

Verifico que é uma das personagens rendidas ao Ministro Martins da Cruz, embora espere que não esteja na conhecida "lista de pagamentos" e que não seja apenas um pseudónimo do Fernando Lima.

Deve ser por essa razão que o seu pendor elogioso face às Necessidades não chega ao ponto de:

- contar a história proibida da súbita saída de cena do Director-Geral de Política Externa do MNE, embaixador Silveira Carvalho;

- colocar a lista de cessação de funções do pessoal técnico do MNE e a lista (e ligações político-pessoais) dos seus sucessores por esse mundo fora;

- esclarecer sobre o estado miserável do quadro do pessoal administrativo de vários consulados, notar os protestos das Comunidades Portuguesas por tal estado de coisas e pelo encerramento de vários outros consulados;

- perguntar onde está o cumprimento das tão anunciadas regras de poupanças em viagens do MNE e seus assessores. Sabia que o MNE levou um diplomata para o seu gabinete só para lhe tratar das viagens ? E seria possível apresentar uma lista das viagens dos MNE desde que tomou posse, com custos de passagens e ajudas de custo à frente ?

- inquirir sobre as medidas concretas já tomadas no âmbito da Diplomacia Económica, com efeitos conseguidos.

- e é possível saber onde e como tem sido gasto o "saco azul" do MNE, que dá pelo nome de Fundo para as Relações Internacionais (FRI) ?

Se tiver coragem para responder a estas perguntas, dar-lhe-ei muitas outras para se entreter. Se não tiver essa coragem, então é porque já preencheu o formulário para se tornar no novo Director do Gabinete de Informação e Imprensa do MNE.

Carlos Ribeiro



A ver vamos.

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