Terminou, em Genebra, a sessão de 2003 da Conferência do Desarmamento, mais uma vez sem resultados. Na única instância da comunidade internacional para negociações sobre esse sonho do desarmamento, o pesadelo do armamento continua a impor o impasse: nem sequer foi conseguido um «programa de trabalho» e muito menos reestabelecidos ou constituídos mecanismos para qualquer dos pontos inscritos na ordem de trabalhos. Em vez de negociações conclusivas, a conferência foi tão somente um teatro de animados debates e que, na gasta gíria diplomática, são traduzidos como «esforços construtivos». No contexto internacional, a sessão de 2003 ficou marcada pelas consequências do anúncio da Coreia do Norte sobre a sua retirada do Tratado Sobre a Não Proliferção de Armas Nucleares e pela guerra do Iraque. No termo da sessão plenária de 2003, outra coisa não poderia afirmar a presidência japonesa (Kuniko Inoguchi) da conferência a não ser que «a dinâmica actual do Mundo não é necessariamente favorável à paz global».
E o que faz Portugal no meio disto? Lá participou nos trabalhos a título de observador e integra um grupo de 11 países (Áustria, França, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Polónia, Espanha, Inglaterra e EUA) subscritores da chamada «iniciativa contra a proliferação», em nome dos quais, a França solicitou que o documento fosse difundido pela Conferência como documento oficial.
A primeira parte da sessão de 2004 começa a 20 de Janeiro, presidida pelo Quénia face à renúncia do Kazaquistão para tal função.
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