12 outubro 2003

Com o sinal «Manuela Franco», mudará a posição portuguesa para o Médio Oriente?

A posição portuguesa para o Médio Oriente (clique para ver) tem sido esta.

Manuela Franco, nova Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, tem um sinal no seu curriculum. Pode dizer alguma coisa e pode não significar nada, numa matéria em que Martins da Cruz provocou anti-corpos, sobretudo em chancelarias estrangeiras. A seguir. A NV apenas interessam que política externa temos.

Vamos ao curriculum.

Manuela Franco pertence ao Corpo Científico do Instituto de Ciências Socias da Universidade de Lisboa onde é Investigadora Associada Júnior.

  • O escopo do seu trabalho incide sobre a temática judaica de que é reconhecidamente perita e a levou a ser nomeada comissária científica da exposição sobre Aristides de Sousa Mendes, Sampaio Garrido e Alberto Branquinho, organizada pelo MNE, inaugurada na sede da ONU, na abertura da Assembleia Geral em 12 de Setembro de 2000.

  • Graus académicos
    Licenciatura em Direito, Faculdade Direito, Universidade Clássica de Lisboa,1978.

  • Cargo no Instituto de Ciências Sociais (Universidade de Lisboa)
    Investigador Associado Júnior
    Projecto: «O Estado Novo e a Questão Judaica»
    Diplomata, equiparada a bolseira no país.

  • Cargos anteriores, instituições
    1990/1991 - Chefe de Redacção da publicação trimestral «Política Internacional».
    1988/1990 - Chefe de Gabinete da Secretária de Estado da Cultura. (Teresa Gouveia)
    1985/1987 - Adjunto do Gabinete do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Ministério dos Negócios Estrangeiros. (Azevedo Soares)
    1982/1985 - Secretária de Embaixada na Missão Permanente de Portugal junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, responsável pela área de Direitos Humanos.
    1979/1982 - Diplomata, Ministério dos Negócios Estrangeiros.

  • Principal área científica de investigação
    História/Política

  • Publicações e organização de eventos
    * 2003 - Recensão do livro «The Jews of Europe and the Black Plague» de Anna Foa, in Análise Social, nº166, Vol. XXXVIII, Primavera de 2003, Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais.
    * 2002 - UMA INFLUÊNCIA PORTUGUESA NO LEVANTE? A DIPLOMACIA AO SERVIÇO DA PROPAGANDA DO PRESTÍGIO DA REPÚBLICA, artigo que aprecia as condicionantes da política externa da I República à luz da decisão ministerial de aproveitar as Guerras Balcânicas para criar um «grupo de interesses» no Levante através da concessão de títulos de nacionalidade portuguesa a centenas de famílias judaicas otomanas, in Política Internacional, n.26, Outono/Inverno 2002.
    - Comunicação de abertura da exposição «Vidas Poupadas: a acção de três diplomatas portugueses na II Guerra Mundial», por ocasião do Colóquio «Minorias Étnicas e Religiosas em Portugal», a 9 de Janeiro, Curso de Inverno 2002, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – [ACTAS no prelo]
    * 2001 - MAS NÃO HÁ PAZ, ensaio sobre o retorno da soberania judaica a Jerusalem, in Política Internacional, n.23, Primavera/Verão 2001.
    - Comunicação ao Colóquio Luso-Alemão «Judeus e judaísmo em Portugal» organizado pelo Prof. Dr. Michael Halévy para estudantes do Centro de Estudos ibero-americanos da Universidade de Hamburgo, Lisboa, 17 de Fevereiro.
    * 2000 - Conferencista da cerimónia de homenagem a Aristides de Sousa Mendes, promovida pelo American Jewish Committee e pela Embaixada de Portugal, Washington, 30 de Novembro.
    - «Moral e Política», texto introdutório ao Catálogo da exposição «Vidas Poupadas: a acção de três diplomatas portugueses na II Guerra Mundial», Instituto Diplomático, MNE, Setembro.
    - Direcção científica, coordenação e organização da exposição «Vidas Poupadas: a acção de três diplomatas portugueses na II Guerra Mundial», promovida pelo Instituto Diplomático, Ministério dos Negócios Estrangeiros, inaugurada na Biblioteca de Newark, NJ (EUA), a 12 de Setembro.
    * 1999 - «Os Judeus em Portugal, 1926-1974» Entrada para o Dicionário de História de Portugal- Suplemento, Vol VIII , Drs Maria Filomena Mónica e António Barreto, Ed. Figueirinhas, Porto,1999.
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