Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
02 outubro 2003
Paulo Portas, perito em política africana...
Paulo Portas não gosta que lhe avivem a memória, o que acontece a toda a gente que, sendo esperta, não inteligente - o que não um desprimor, sublinhe-se. Nas relações internacionais e sobretudo na actividade diplomática, deve-se potenciar e até exibir ostensivamente a esperteza, mas haverá toda a conveniência em não fazer alardes de inteligência e se inteligência houver, seja-se discreto. Ora foi pela esperteza que Paulo Portas se tornou num grande perito em política africana. Pois não foi ele que, em nome do PP, assinou um acordo com a FLEC Renovada para a promoção deste movimento em território português? Para a cobertura desse «acto diplomático», Portas convocou os seus amigos que disopersou em nichos de jornais. Só que o homem de Cabinda, sequestrador de Portugueses, «libertador» dos mesmos por chantagem a troco de dinheiro e que foi quem colocou a assinatura pela FLEC Renovada andava já a contas com a justiça... É lícito, pois, que Portas não goste que lhe avivem a memória sobre como ele pretendeu corrigir os erros da descolonização. Voltaremos a este assunto quando, aqui e em breve, se colocar Angola I, Angola II e Angola III.
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