Primeiro, um alerta: Atenção Teresa Gouveia! A sua primeira decisão em matéria de pessoal dirigente será afastar a primeira Embaixadora da carreira?
Segundo, a história, os meandros da história:
Maria do Carmo Allegro foi a primeira diplomata a chefiar uma embaixada, em Windoek, na Namíbia, para onde foi nomeada por Jaime Gama. Martins da Cruz convidou-a a regressar a Lisboa, para o lugar de Secretário-Geral Adjunto, mas a relação com Rocha Páris nunca foi muito fácil.
A nova Secretária-Geral cedo se revoltou contra discricionaridades e arbítrios cometidos no Conselho Diplomático (órgão institucional que promove e coloca diplomatas), chefiado por Rocha Páris, onde tinha assento por direito próprio, por voto dos seus colegas Ministros Plenipotenciários. Como reacção, Páris «congelou-a» progressivamente nas suas funções, desde há vários meses, dando-lhe escassas tarefas.
Mais recentemente, Martins da Cruz decidiu nomeá-la Embaixadora em Malta... mas com residência em Lisboa, o que facilmente permitia que continuasse como Secretária-Geral Adjunta, tanto mais que o novo cargo dificilmente justifica um trabalho em full time... especialmente em Lisboa.
Na conjuntura, Páris foi hábil e oportuno, aproveitando este tempo de transição para se ver livre da sua Adjunta e terá já convencido Teresa Gouveia da bondade desta decisão.
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