04 fevereiro 2004

MNE-MECON. Começemos por Teresa Gouveia, evitando a deriva Carlos Tavares/Miguel Cadilhe

O acto foi tão importante como a omissão, naquela aparição de Teresa Gouveia por ocasião do Seminário Diplomático.

Em matéria de diplomacia económica, Teresa Gouveia disse que tinha assinado já e que estava pronto para publicação «um novo despacho conjunto que vem precisar a articulação dos esforços do MECON * e do ICEP com o MNE, clarificando o papel dos Embaixadores na elaboração de planos de acção e na coordenação das actividades a desenvolver nos países onde estão acreditados».

Disse ainda a ministra que «a DGPE através do Gabinete dos Assuntos Económicos será a estrutura de contacto da Secretaria de Estado com o MECON e com as Embaixadas, cabendo ao ICEP, em especial ao seu Presidente, um papel determinante no planeamento, acompanhamento e disponibilização de assessoria técnica.»

  • Antes destas palavras, nestas palavras e depois das mesmas palavras não houve uma única referência, indirecta que fosse, por parte de Teresa Gouveia à API de Miguel Cadilhe, mas sim ao MECON de Carlos Tavares a ao ICEP cujas competências de maior significado e peso, aquela mesma API absorveu, pela «filosofia» e pela letra do Decreto-lei 225/2002 (30 de Outubro) que a criou.

  • A omissão de Teresa Gouveia complica o entendimento das coisas? É óbvio que complica uma vez que o Fórum dos Embaixadores (criado já no âmbito estatutário da API) e o próprio presidente desta agência deverão ficar a ver navios. Chama-se a isto articulação da omisssão em coordenação com a função...

    Continuaremos.

    * MECON soa mal e até se parece com algum COMECON emagrecido à espanhola, mas é pura simplesmente a sigla encontrada para o Ministério da Economia.
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