Briefing da Uma. Apenas sete minutos de atraso. Já está melhor.
1 – «Diplomacia Municipal»
2 – Ex-militares guineenses
3 – Eleições Europeias
1 – (O que foi descoberto em Marco de Canavezes – o financiamento ao candidato Carlos Neves na campanha eleitoral de S. Tomé e Príncipe – é cooperação?) – Pelo que foi surpreendentemente revelado, a Câmara Municipal de Marco de Canavezes terá encomendado a uma tipografia a execução de autocolantes, vinte mil cartazes, desdobráveis e calendários de bolso. Ao que se sabe, Marco de Canaveses está «geminada» com a Região do Príncipe, por documento assinado em 14 de Agosto de 1998. Aliás a Câmara de Oeiras também está geminada com a mesma Região do Príncipe, por documento de 17 de Março de 1997, então com Isaltino de Morais. Portanto, é caso para se dizer que a Região do Príncipe tem geminações principescas que incluem ainda pactos com a Câmara de Aveiro em 8 de Dezembro de 1998 e com o Câmara de Benavente, mais recentemente, em 8 de Dezembro de 2001. A diplomacia pública exibe-se assim numa vertente muito curiosa que é a «diplomacia municipal» que no caso de Marco de Canaveses arrasta um cheque não esclarecido da Ordem da Malta, cheque devolvido por não ser válido… Apenas se pode acrescentar que se a Procuradoria vasculhar bem esta diplomacia, haverá muito protocolo partido.
2 – (A Associação dos Ex-Militares das Forças Armadas Portugueses da Guiné-Bissau pedem uma reunião com o Ministério da Defesa de Paulo Portas. Porquê?) – Confirma-se que o presidente dessa associação, Regino Veiga, entregou uma carta ao Encarregado de Negócios em Bissau, João Queirós. Cerca de 15 mil ex-combatentes guineenses integrados nas tropas portugueses reclamam pensões, desconhecendo-se como é que o ministro Paulo Portas vai dar uma resposta «lógica e coerente». Se for lógica, os ex-combatentes angolanos e moçambicanos ficarão estimulados a idêntico passo. Se for coerente, não será difícil descobrir combatentes em Cabo Verde, em São Tomé e Príncipe e até em Timor-Leste. Perante isto, força Portugal!
3 – (As eleições europeias estão a condicionar o debate político doméstico, com os eventuais resultados a fundamentarem ora uma remodelação governamental, ora um chumbo do próprio executivo…) – Quanto a isso, apenas poderemos dizer por ora que as democracias nacionais, como é o caso da República Portuguesa, estabelecem por princípio a proibição dos partidos regionais. Face às eleições europeias, os partidos portugueses procedem como se fossem partidos regionais de um Estado Europeu que não existe.
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