Teresa Gouveia, segundo dia no Japão. Até agora, quanto a oratória, por exemplo que as relações de Portugal com esse país, pelas palavras de Teresa Gouveia, estão "muito aquém do que deveriam ser", que isso devido a "alguma desatenção" (Alguma? Total!) ou ainda que "a relação com o Japão está bastante abandonada no sentido político, económico e cultural", são coisas que se ouvem desde os tempos do MNE João de Deus Pinheiro (Macau, como «placa giratória» para o Japão... recordam-se?). E também essa história de que «a nível de exportação, o ICEP está confiante nas potencialidades de produtos como o vinho e os materiais de construção», desde o século VI a.C. que é repetida. Detsa vez, vá lá que ainda não se reduziu o Japão a mero «novo nicho de mercado».
Mas porque alguma da melhor doutrina parte dos factos, registe-se:
De acordo com um estudo encomendado pela API a uma empresa de consultadoria internacional, 53 por cento dos empresários japoneses desconhece a realidade portuguesa...
Um dos empresários portugueses presentes num encontro empresarial, hoje em Tóquio, garantiu à agência Lusa que muito do investimento japonês destinado a Espanha e aos países de Leste poderia ter sido canalizado para Portugal se a realidade do país fosse conhecida no Japão...
Não seria melhor começar por traduzir para português o que é, afinal, essa «realidade portuguesa» para os 47 por cento dos empresários nipónicos que a conhecem? E nãi seria também melhor os empresários portugueses perdessem a mentalidade das Tordesilhas com a explicação do fracasso deles próprios e do ICEP com os traços de mapa onde, no caso do Japão, é a «realiadde nipónica» que de sobremaneira conta?
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