Foram dois dias de debate* sobre «Angola na Encruzilhada do Futuro» que Soares quer repetir em Luanda. A sessão final, sobre a questão de Cabinda, foi a mais quente e também aquela em que se ouviram apelos dramáticos, designadamente do Vigário Geral da Diocese de Cabinda, padre Raul Tati e do eng. Agostinho Chicaia, presidente da Associação Cívica de Cabinda - duas intervenções que oportunamente colocaremos em Notas Formais.
Mas registamos duas ausências: uma primeira ausência - do painel de comunicações - a do governador de Cabinda, José Aníbal Rocha, por razões a que não serão, em última análise, indicações de Luanda, e, uma segunda ausência - por entre o público que abarrotou o auditório da Fundação - foi a do nosso militar Pezarat Correia que, se estivesse presente, teria alguma coisa por certo a dizer mas também por certo muito mais a ouvir. Sobre Cabinda, asseguram NV, Pezarat ouviria o que até agora não ouviu. Mas olhou-se à volta e o homem não estava.
É bem possível que as Necessidades tivessem enviado um observador. Se enviaram, foi uma presença discreta.
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* Organizado pela Fundação Mário Soares com o apoio da Open Society for Southern Africa.
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