10 julho 2004

Dado incontornável. Europa e Política Externa.

Garante Sampaio, ao resolver pessoalmente não dissolver o parlamento e nomear novo governo com base na coligação formada após as eleições de 2002, especial seguimento seu da Política Europeia e da Política Externa portuguesa, por entre as matérias da Justiça, Defesa e consolidação orçamental, nas quais o Executivo de Santana deverá respeitar "rigorosamente" o programa político sufragado nas legislativas de há dois anos.

Sampaio deve ter ficado surpreendido com o Dado Incontornável nessas cinco áreas. Dado ou condição, condição ou garantias de Santana Lopes. E garantias sem nomes não há. Fiquemos a aguardar mas a possibilidade de Ernâni Lopes nas Necessidades - e como Ministro de Estado - ganha peso. Está por dentro das questões europeias, domina a diplomacia económica, é paladino da lusofonia - os principais temas do programa de José Manuel sufragado em 2002. Mas se de há dois anos até agora, nas questões da Europa que José Manuel puxou para si (tal como Guterres o fizera) e nas questões de Política Externa apenas se poderia e deveria escrutinar o Primeiro Ministro e o titular das Necessidades (primeiro Martins da Cruz e depois Teresa Gouveia)como aconteceu em questões muito concretas, a partir de agora o nome de Sampaio não pode deixar de ser arrastado e responsabilizado em função das garantias que deu, seja qual for o nome do ministro.

Em todo o caso, foram duas semanas, duas longas semanas com avanços e recuos em Belém. O avanço foi de última hora mas a crise já deixara marcas indeléveis.

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