24 setembro 2004

Diplomacia universitária.

O novo programa europeu de bolsas – Erasmus Mundus - para alunos e investigadores (nível de pós-graduação) de países extra-UE é pioneiramente aplicado em 2004/2005 em apenas quatro das universidades portuguesas: Universidade Católica (Fundamentos do Direito Europeu), Universidade Nova/Lisboa (Programação em Lógica de Computadores), Universidade de Trás-os-Montes/Alto Douro (Quaternário e Pré-história) e Universidade de Aveiro (Educação Superior e Ciência dos Materiais).

As quatro universidades figuram num leque de 82 seleccionadas em 17 países para 19 pós-graduações e que vão acolher, no conjunto, 182 alunos (bolsas de 21 mil euros por ano para cada um) provenientes de diversos países, nomeadamente a Índia, China e Indonésia.

A contrapartida para alunos e investigadores europeus rumarem com bolsas idênticas para universidades fora da Europa, apenas será concretizada em 2005/2006.

Do comité de selecção que em Bruxelas escolheu as 19 pós-graduações por entre 128 candidaturas, fez parte o ex-ministro Marçal Grilo.

As universidades do Sul do País ficaram a ver os comboios a passar (Évora) ou a ver navios (Algarve). Coimbra também terá que aprender a lição e as do Minho, Porto, a Clássica e a Técnica de Lisboa bem se podem concentrar em conceder mais alguns doutoramentos honoris causa que têm sido o prato forte da nossa diplomacia universitária. Por vezes com muita honra, quase sempre sem proveito.

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