O MNE está a proceder à Acreditação permanente de Jornalistas nas Necessidades. Além disso, segundo nos confirmam, o site oficial vai abrir informação atempada com patamares de acesso (para os jornalistas acreditados e para o público). Notas Verbais registam com agrado a iniciativa do Ministro António Monteiro, cujo êxito e possivelmente eficácia em muito vai depender não só do Porta-Voz do MNE, Carneiro Jacinto, mas também... dos jornais, rádios, agências noticiosas e televisões e dos profissionais convocados.
Na quinta-feira da próxima semana será o primeiro dia e, pelo que nos descrevem com a hierarquia das Necessidades em peso. Lá estaremos.
Recordamo-nos que, lá vão uns anos, o embaixador Marcello Mathias quando dirigia os serviços de Imprensa do MNE antes de partir para as águas do Mar Alto, bem tentou introduzir rotinas de briefings semanais e bem tentou implantar o sistema de acreditações. Na primeira reunião estavam uns 40, mais de metade estagiários e tarefeiros. Na segunda reunião compareceram 20, na terceira 10, na quarta 5 e na última 3.
E isto porquê? Porque há semanários que dão tudo por uma cacha e nada pela Diplomacia, há diários que tudo dão quando o estado-maior do partido do poder circunstancial sugere e o resto nada dá por aquilo que não seja fractura exposta, gravidez de artista e espeto de corno de vaca em meretriz reformada da alta sociedade.
No entanto, os tempos são outros relativamente aos de Marcello Mathias e como a esperança é a última coisa a morrer – e mesmo que esteja a morrer este recurso da Internet fá-la ressuscitar como Martins da Cruz tão bem aprendeu - acreditamos que a missão de Carneiro Jacinto, desta vez, vai dar certo. Vai dar certo. Tem que dar certo porque na maior parte das chancelarias ocidentais nem se acredita que a chancelaria portuguesa apenas em 2004 comece a fazer o que devia ter começado em 1980, pelo menos.
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