Na conversa para diplomatas, o ministro António Monteiro não escondeu que é propositadamente que mantém vago o lugar de Director-Geral das Relações Bilaterais. Na verdade, esse lugar, sobretudo desde que foi criado o posto de Director Geral de Política Externa, ora tem servido para mordomia, ora tem sido recurso para colocar alguém na prateleira. Ser director-geral disso tem sido, por regra um pequeno passo na Lua, um grande passo no Vale de Lágrimas.
António Monteiro, para aquilo que se pode designar como serviço de manutenção de curta duração, nomeou um sub-director geral e prepara-se para alterar a estrutura que no rocócó da máquina tem reclamado competir-lhe «dar efectividade e continuidade à acção do Ministério dos Negócios Estrangeiros no plano internacional bilateral no que respeita a todos os assuntos de carácter político, económico e cultural.»
Uma das atribuições, a primeira mesmo, desta da Direcção-Geral das Relações Bilaterais é «reunir as informações recebidas sobre a realidade política, económica e cultural nas diferentes regiões e países e assegurar a actualização de elementos completos sobre essa mesma realidade».
Perdoe-se-nos a ironia, mas até esta atribuição, como se viu - Mário Miranda Duarte saberá melhor do que ninguém - foi já esvaziada...
Se Monteiro quer dar ao MNE o que é e deve ser do MNE, muito bem.
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