Briefing da Uma. Sem agenda não há máxima que preste.
1 – Agenda Diplomática
2 – Papa
3 – Referendo
1 – (Que agenda diplomática portuguesa?) - «As agendas diplomáticas não podem ser decretadas – são o que o Estado é ou o que o Estado vai sendo. A agenda portuguesa é tradicionalmente pobre. Neste momento, por exemplo, aí temos marcado para amanhã até dia 15 o exercício Ninfa 2005, com delegados de 30 países, imaginado num cenário em que se imagina impedir uma transacção ilícita de materiais utilizáveis na produção de Armas de Destruição Maciça… Será tudo menos agenda diplomática. Bem! Ontem, Freitas do Amaral recebeu o MNE da Guiné-Bissau depois de Lisboa ter emitido uma nota sobre a situação nesse país, enquanto João Cravinho no Bahrein, representava Lisboa, em mais uma reunião EU/Conselho de Cooperação do Golfo. Pode entrar na agenda, mas é pouco para agenda diplomática que, com todo o realismo, Portugal não tem.
(Devia ou poderia ter?) - «Deveria ter.»
2 – (Uma repórter da RTP afirmou do Vaticano que estava para acontecer ali “o primeiro funeral papal global”…) - «Senhores e senhoras, questões dessa ordem nada têm a ver com a diplomacia. Freud já as explicou.»
3 – (O referendo sobre o Tratado da UE está a converter-se num imbróglio…) - «É verdade. Os parlamentares do PS falam numa revisão cirúrgica e transitória da Constituição para esse efeito, o PSD quer ver acrescentada mais alguma coisa sem precisar, o PCP quer estender a possibilidade de referendo a todos os tratados europeus e o Bloco pretendo que essa consulta possa abarcar todos os tratados internacionais… Além disso, a proposta simultaneidade desse referendo com as eleições autárquicas faz de um imbróglio normal um estranho imbróglio. Possivelmente as opiniões mudarão se os franceses disserem não ao tratado. Aguardemos.»
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