Sampaio acabou e dentro de pouco tempo ninguém se recordará dele nas matérias de política externa e da actividade diplomática em que de tempos a tempos se meteu mas sem deixar sulco, personalidade, marca de água. Não vai ser assim com o próximo Presidente, seja ele qual for no quadro do 1+2 possíveis. As matérias da política externa e a interferência na actividade diplomática correspondem a duas das antenas de emissão da vontade e dos caprichos presidenciais - embora a Constituição não cite nem preveja a figura do capricho, o certo é que o capricho presidencial é uma das mais terríveis competências de Belém, os embaixadores com memória que o digam.
Cavaco, pelo que foi com o MNE Deus Pinheiro, com o sucessor Durão Barroso e com o seu assessor diplomático predilecto Martins da Cruz (que haveria de ser MNE com Barroso até ao episódio da cunha que deu num inquérito cujos resultados são desconhecidos...) pois Cavaco em Belém será igual a si próprio - haverá que recear mais de quem o cerca ou perto dele está do que dele próprio.
De Soares ou de Alegre apenas valerá a pena falar de um deles se houver segunda volta.
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