28 janeiro 2006

Soneto. Cavaco percebe

Talibãs, célula de abate, o lobo com pele cor de rosa acompanhado de lobinhos loiros... Mas julga alguém que o Presidente eleito não leu a história infantil das Necessidades? Se escolhe, saberá obviamente o que escolhe, embora, desculpa Antero, tem que ser:

Da mão de Cavaco, da sua mão direita,
Depende afinal a escolha de um talibã.
No palácio encantado com cor de romã
Percebi passo a passo aquela mente estreita.*

Como a assessoria que deputa e enfeita
As Relações Internacionais, despojo vão,
Depus da Carreira e da Missão
A diplomacia transitória e imperfeita.

Como célula de abate, em lôbrega jornada,
Que a inversão leva ao colo agasalhada
E campeia gloriosa, sorrindo vagamente,

Entre Rilvas e travessias pelo deserto...
Dorme o teu sono, coração de esperto,
Dorme como talibã em Belém, eternamente!

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A "mente estreita" é dos talibãs e não de quem tem mão. Exigências da rima, diria Antero

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