17 março 2006

Diplomatas reais. Reais de existentes, verídicos, no activo, pois

Notadores, portanto.

Prezado Embaixador «Plof» :

Naturalmente que registámos o facto de DFA não ter referido o descrédito em que a enterrada Comissão dos Direitos Humanos tantas vezes caíu - descrédito esse sublnhado por várias chancelarias e, dede logo, na própria Assembbleia Geral que votou a criação do novo Conselho. Antes pelo contrário, DFA elogiou «o papel» da Comissão no caso de Timor-Leste. Na verdade, esse «papel» não foi papel da Comissão, foi de alguns e bem contados diplomatas portugueses (representantes em Genebra e engarregados do dossier em Lisboa, com destaque para Rui Quartin Santos e Fernando Neves) e da persistente actividade dos timorenses, com destaque para José Luís Guterres e José Ramos-Horta. Aquela comissão fez suar as estopinhas que nada tem a ver com topete. Suar! É o termo. Como sabe, acompanhámos o caso e sabemos do que falamos.


Ao estimado Conselheiro de Embaixada «Atento» :


DFA tomou uma posição oficial, foi a que foi mas tomou. A omissão seria grave. Ainda bem que tomou. Aliás a falta de posições oficiais de DFA, do próprio DFA e não de alguém por ele, tem conferido às poucas que tomou um carácter de excepção. Não defendemos o degaste da figura da «posição oficial» seja qual for a forma, mas haverá dias em que se exige a tomada de quatro, cinco posições oficias e haverá semanas em que nem uma se justifica. Isso deve ser segundo e conforme, não é?


Se me permite, Amigo Embaixador «O Arrumado» :


Que diabo de nome escolheu! Não o consideramos arrumado, antes pelo contrário! A sua experiência, verticalidade, sabedoria e noção que tem das coisas da Casa dão-lhe direito a código diferente nas NV! Veja se consegue mudar essa de «O Arrumado». Quanto ao que nos diz, tem toda a razão. O MNE devia assumir aquele feliz slogan de uma telefónica - «Mais perto do que é importante». No caso da Holanda, indagar junto do embaixador João Salgueiro (anterior em Haia), junto do diplomata Ricardo Pracana (anterior cônsul em Roterdão) e, já agora, junto da anterior conselheira Social Ana Paula Rosa, seria estar mais perto do que é importante.


Ao jovem Adido «Prometeu» :


Quanto ao que já observou, não é conselho mas apenas uso possível do modo optativo que o grego clássico tinha e as línguas latinas não assumiram - vista-se bem, mas pela via afora leia, leia sempre; estude, estude sempre, sobreudo estude tudo o que se relaciona com o «caso» e evite cair no vício dos carros, da marca da gravata, da quinta no Alentejo ou à beira mar e vida de estadão de diplomata falido a imitar aristocrata pífio que são apelativos que forçam a expedientes de que o Orçamento de Estado não gosta mas disfarça. Observou mas não repita - interrompa com o seu exemplo.


Prezado Número Dois «Honoré» :



Que nome você escolheu! Honoré! Pelo que presumo, com que então inspirado por Honoré de Balzac... Pois tem a resposta ao que me~descreve com a cura prescrita pelo próprio Balzac: «A administração é a arte de aplicar as leis sem lesar os interesses».


E por agora é tudo, há exactamente 37 pessoas reais na fila. Na próxima oportunidade, precedência protocolar para «Agente 009» e o misterioso «Coyote Negro»

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