04 março 2006

Estante Diplomática (2). Para compreender Casamansa


Casamansa foi a primeira colónia portuguesa em África. Em 1908 passou para o domínio francês por cedência de Lisboa, parte da Federação do Mali após a II Guerra, está integrada no Senegal e foi o pomo da discórdia que levou a Guiné-Bissau para uma crise política profunda e conflitos militares internos. Uma pequena percentagem da população é alfabetizada, a elite é fundamentalmente francófona, sendo idiomas dominantes o jola e o crioulo português. Zanguinchor (um milhão de habitantes) é a principal cidade de Casamansa, uma vasta área de 32.350 Km2 rica em petróleo, separada geograficamente do Senegal em boa parte pela Gâmbia e que abriga 3,5 milhões de habitantes. «Comprendre la Casamance - Chronique d'une Intégration Contrastée», obra que integra uma vintena de ensaios sob coordenação de François George Barbier-Wiesser e prefaciada por Edgard Pisani, é indispensável para o diplomata ou funcionário que rume para Bissau ou Dakar. O essencial de Casamansa está lá. (Éditions Karthala/1994 - 22-24, boulevard Arago 75013 Paris).

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