Até rima, cantonês com três. Claro que DFA voltou atrás na decisão de exonerar o conselheiro cultural em Pequim, João Barroso, depois de saber que este será (será, porque não é) o único a falar mandarim e cantonês na Embaixada de Portugal na China. E segundo ontem o próprio DFA anunciou na comissão parlamentar, o recuo foi na sequência de uma carta do embaixador em Pequim, António Santana Carlos. Nesta carta, o embaixador "chamava a atenção para o facto" de João Barroso ser a única pessoa na representação diplomática em Pequim a falar mandarim e cantonês, além de ser amigo e visita regular do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. «Em função disso, facto que confirmei junto de dois anteriores embaixadores portugueses na China, revoguei a decisão», disse DFA.
Então, duas perguntas:
Será que o embaixador Santana Carlos desconhece que a tradutora que foi colocada em Pequim, após o encerramento do Consulado-Geral de Hong Kong, domina o cantonês e o mandarim?
E, além disso, poderia Santana Cralos omitir que a funcionária da secção consular da mesma Embaixada e que exerce funções de técnica (reclassificação no início de 2005), também fala mandarim e cantonês?
É impossível que Santana Carlos estivesse desatento a estes dois pormenores para que o MNE apenas prestasse atenção ao pormenor João Barroso...
Haverá algo mais e que, a ser verdade, não ilustra. O MNE não deveria desconher isso perante a comissão e, quanto a nós apenas ficamos aborrecidos se pensarem que acreditamos.
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